QUANDO ÁFRICA, NOS TRANSFORMA

A alegria de receber o visitante, é um sentimento que é revelado pela inocente pureza, da criança Africana. Em todo o lado... é sempre assim! Diria, que a alegria motivadora da África, são mesmo estas crianças, que aparecem junto de nós, com uma humildade natural que parece revelar, uma troca de afectos.
São as crianças, que nos fazem, conquistar distancias, nos mobilizam a dar um pouco de esperança. Aquela que podemos e conseguimos, graças á generosidade dos Portugueses.
Desde 2007 á Guiné-Bissau, em 2010 a Moçambique, para nós, chegar a África ...é como se fossemos ao final da nossa rua.
A MISSÃO QUE NOS , TRANSFORMA!
Provavelmente, esse sentimento, vai fazer "apertar" os corações, as emoções da nossa delegação que parte daqui a umas horas a caminho de Moçambique (Pemba). Provavelmente, o primeiro sentimento, será a pequenez com que nos sentimos, a impotência de poder chegar a todos, de poder valer mais, fazer mais. Depois, o choque de culturas, o choque de viver durante algum tempo, com todas as dificuldades, se não houver luz...se não houver água...se não houver internet...se não houver muita coisa.
Mas, é por pouco tempo. Rápidamente, entranhamo-nos no quotidiano, e adaptamo-nos sem dificuldade. Esse místicismo da África quente, surpreende-nos todos os dias. Lidar com as crianças, seus gritos, suas correrias, suas brincadeiras, seus carinhosos toques, apagam-nos da memória, todas os "mimos" a que estamos habituados.
Depois o trabalho, sempre diferente mas muito dinãmico, no contacto diário com as familias, com as crianças, com as escolas, com os estados de alma.
Entetanto, o tempo, provocador por natureza, chama a atenção que está na hora do regresso. O trabalho voluntário, para o qual tanto empenhamento e dedicação, nos fez perder a noção das horas...dos dias, aos poucos nos foi transformando enquanto homens e mulheres.
Chega ao fim.
Agora o regresso.
Ainda ofuscados pelo frenetismo da vida africana, quase nem temos tempo, para perceber, o que poucos dias depois, vai acontecer.
É...após dissecarmos as histórias das vivências partilhadas, quase que por magia, um sentimento estranho, apodera-se de nós. Infalivel!
O peso pesado da nostalgia é grande, grande mesmo. Ao acontecer isto, ao sentir isto, já ninguém nos pára, havemos de voltar.
Este processo de transformação, iliminou em nós, boa dose de vaidade, de egoísmo, proporcionando-nos uma maior valorização das coisas simples, tão simples, como aquelas, que nos recebeu um dia.
Quando uma criança lhe pedir o colo, lhe afagar timidamente o rosto, ou tocar inocentemente no cabelo, então nunca mais somos os mesmos.
Para a delegação da Humanitarius, que se prepara para partir, só lhes posso desejar o melhor, com bons sentimentos, bom trabalho, muito sucesso e sobretudo muita esperança, que possam partilhar, com as crianças e suas familias, durante a vossa missão a Moçambique.
Depois...
É começar a trabalhar, para a próxima missão!
Boa viagem
João Almeida / Helena Duarte /Ana Filipa Silva

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