DIA 22 MARÇO...ARRANCA A III EXPEDIÇÃO SOLIDÁRIA TRANSAFRICANA "ALGARVE-GUINÉ"

O relógio regressivo, não pára. As coisas a preparar, são muitas.
A determinação...a mesma de sempre!
Agora, tudo acontece muito rápido.
Dia 22 de Março, a equipa algarvia da Humanitarius, parte para a sua "aventura" anual de solidariedade, a caminho da Guiné-Bissau. Até lá, são cerca de 6 mil Km, de pura adrenalina. Com médias de 900 a 1000 Km dia. A pernoita, começa cedo. O despertar é quase sempre de madrugada, espera-nos o misticismo do deserto, os variados e constantes contrastes no cenário que nos bate no olhar, as cores, as diferenças entre o imenso céu, e a imensidão de um deserto que a nossa visão não consegue ter angular.
Espera-nos, culturas e costumes diferentes. Gente simpática e cordial, desde Marrocos até ao Senegal. A travessia por um território que assusta o mundo viajante "Terra de ninguém", onde não há jurisdição internacional, onde os nervos, durante quase 20 minutos de terra batida, trilhos enganadores, serpenteando as muitas carcaças de carros, ali desmontados, lembram-nos que o perigo está..."paredes meias", para quem se atrever, a passar por onde não deve. Depois, essa Mauritânia, que num dia se consegue percorrer. Um povo simpático, respeitador, que nos acena á passagem, e nos convida a conhecer a sua cultura, as suas formas de estar e receber.
Eis-nos na travessia de um dos mais bonitos roteiros naturais, do território Mauritano. A Mauritânia é um lugar ideal para perder-se em suas praias de areia pura. Além do deserto possui paisagens naturais como o Oásis de Adrar ou o Parque Nacional de Banc D'Arguin.
Mauritânia é uma terra de contrastes e de espaços infinitos. É a pátria de nômades, pessoas do deserto, sobretudo no norte do país. No sul aliás encontram-se retalhos da África preta. A paisagem e a cultura da Mauritânia conservam um grande exotismo e uma variedade infinita com matizes muito particulares principalmente, onde desviamos a caminho do Senegal a barragem de Djama, atravessando a reserva natural de Diawling.
Depois, de atravessarmos esta reserva natural, num percurso lento, cauteloso devido ao mau estado da picada, chegaremos á Barragem de Djama. Após passarmos a mais conhecida das cancelas (devido ás inesperadas, alterações de preço), estamos na zona de fronteira. Conseguimos por aqui, pelo menos poupar os nervos, com os malabarismos de Rosso, fronteira mais ao litoral, onde parece valer tudo...(mais não digo). Bom...depois do outro lado, permitam-me, é um festival completo, um stress inquietante, irritante e quase explosivo. Como dica, idêntica, proponho que visitem o link, clicando na foto. (Mas depois há que voltar á história!)
Saindo de Djama, 15 km depois, chegaremos a St. Louis. Aqui, descansaremos para a jornada seguinte. Apesar de tudo o Senegal é um país muito simpático, tem locais de rara beleza, mas infelizmente tem alguns PM muito "artistas". Assim que apanham os documentos que pedem, fazem logo contas ao que podem extorquir. Tirando isso (que já por si, põe em causa a imagem de um país com um significativo nível turístico), segue-se na rota do Sul. Kaolack é o próximo destino. Manhã bem cedo, directo a um dos dias mais duros e difíceis, por picadas complicadas, e com cerca de 450 km por fazer até Pirada (Norte da Guiné-Bissau). Depois...bom depois, estaremos em "casa", se tudo correr bem.

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