HUMANITARIUS, DÁ APOIO A FAMILIA DE BUBA

Não basta só levar donativos, não basta só requalificar escolas e centros de saúde, o apoio social começa justamente na ajuda directa a casos de pessoas com situações de grandes carências.
Cadi de seu nome, mulher de 3o e poucos anos, tal como outras muitas mulheres africanas, são as vítimas da pobreza extrema, embora trabalhem árduamente. Esta mulher, que deu á luz filhos fruto das suas relações, acabou sózinha com os seus filhos, não sabe o que é planeamento familiar. Não sabe do que se trata. Sabe que a vida a condenou a trabalhar para uma familia, onde até as crianças são a sua ajuda. Vai para a baixa mar, no rio grande de Buba, apanhar peixe ainda de madrugada, com a ajuda de uma rede, e do seu filho de 12 anos...Henrique, a ajuda preciosa da casa. Não tem homem, e tem para sustentar 7 bocas. A sua velha mãe, de setenta e poucos anos, uma sobrinha também ela grávida, duas meninas de 6 e 9 anos, e ainda a agravar um bébe de 2 anos e outro de 4 anos.
Trabalha de sol a sol, quando não é de madrugada que o peixe vem á rede com a ajuda de uma lanterna. Lava roupa por um custo miserável, trabalha em part-time numa casa pertencente ao estado, que não lhe paga á meses. Cadi Coma, vai ao mato, fazer o trabalho de homem, cortar lenha ou capim. Nas campanhas do Cajú, trabalha desde as 6 horas da manhã, até ás 8 da noite. Vive...ou melhor sobrevive com menos de um euro diário.
Os filhos, e toda a gente da casa, só come "Bianda" (Arroz), com "Máfé" um molho feito com umas plantas Guineenses, á mistura com peixe seco ou fumado, pois a conservação de frescos é impossivél.
Seu filho Henrique, (na foto) braço direito da familia, nunca soube o que era ser criança. Começou a trabalhar muito cedo, tal como suas manas. Carregando pilhas de madeira á cabeça, baldes de água, ou fazer as tarefas que deveriam ser de adultos, este menino, tem a projudicar a sua vida, uma deficiência auditiva, motivada por Otites, nunca tratadas.
Hoje este menino, está medicado e a ser tratado gratuitamente por uma das melhores Otorrinos da Guiné-Bissau. Helena Duarte da Humanitarius, levou-o a Bissau, conseguiu mover montanhas, bater ás portas da Administração hospitalar, e gratuitamente conseguiu medicação e acompanhamento médico. Aliás, o consulado de Portugal em Bissau, estaria pronto para que fosse necessário, Henrique pudesse vir a portugal.
A mãe Cadi, ficou sem saber se chorar ou gritar de alegria, quando recebeu muitos donativos, roupas, calçado para todos, agasalhos para as camas, colchões, utensilios para a casa, que não disponha, brinquedos para as suas crianças, e André Cadete da associação, cimentou o chão de terra do seu quarto, dando outra dignidade ao seu espaço.
Enquanto estivemos na Guiné, nunca faltou uma refeição a estas crianças, nem sabão para lavar roupa. Coisas que Cadi Coma, diz...não ter possibilidade de conseguir. Só pede em forma de apelo que ajudem os seus filhos, só pede para eles. Só pensa neles.
A História desta familia, vai ser publicamente conhecida dentro de dias, num grande reportagem em vídeo, efectuada pela Humanitarius.
Agora que a equipa voltou a Portugal, a nostalgia invadiu os corações de quem um destes dias, partilhou horas, dias, semanas com uma familia entre muitas outras escravas da sobrevivência.

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